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Larissa Oliveira
Sergipana e professora bilíngue, admira os mais diversos tipos de arte e já teve seu momento Twin Peaks, além de epifania ao ler o romance que dá nome a este blog, A Redoma de Vidro de Sylvia Plath. Este Blog nasceu em 2014 e é dedicado a críticas de filmes, livros, séries e música, sendo que as dos três primeiros contêm spoilers. Boa leitura!

Crítica: Charlie Countryman (2013)



O ator Shia LaBeouf nunca recebeu muitos elogios na sua carreira. Seus papéis parecem seguir uma mesma linha: O garoto assustado que vai ter que enfrentar alguém no filme. Seu personagem em Ninfomaníaca (2013) até foi diferenciado, mas com o filme indie, Conquistas Perigosas, também conhecido como A Morte Necessária de Charlie Countryman, LaBeouf ainda não conseguiu atingir o patamar de bom ator. O longa retrata a história de Charlie, interpretado por LaBeouf, que tem a habilidade de falar com os mortos, sim a piada sobre O Sexto Sentido é feita no filme, e segue o conselho inusitado da recém-falecida  mãe, de viajar para Bucareste. Coincidentemente, o passageiro do seu lado no voo também morre, pedindo ao rapaz para enviar uma mensagem à sua filha Gabi assim que chegar ao destino. A personagem interpretada por Evan Rachel Wood até convence; apesar do sotaque romeno soar forçado em alguns momentos, Evan ganha o público com o seu jeito afetuoso.
Os dois se apaixonam rapidamente, porém Gabi é controlada pelo seu perigoso marido Nigel, interpretado pelo ator dinamarquês Mads Mikkelsen. O medo dela  é tanto que teve que mentir sobre a orientação sexual de Charlie quando ele o conhece. Charlie muda-se para um albergue com dois jovens bem esquisitos, um deles aspira à carreira de ator pornô.
Eles se recusam a pagar a alta quantia da conta de um clube que vão em uma noite e acabam enfrentado o dono do local, coincidentemente amigo de Nigel. Gabi quer se livrar dele para ficar com Charlie. Os dois descobrem coisas em comum e Gabi acaba lhe contando sobre uma fita que seu pai ia utilizar para incriminar o seu marido. Charlie encontra a fita, no vídeo ambos Nigel e o dono do clube participam de um assassinato. No confronto, a quase morte de Charlie seria necessária para a libertação de Gabi.

O longa perde-se ao misturar romance, drama, ação e suspense. Se há algo que agrade nele é a ótima trilha sonora, uma vez que o diretor estreante Fredrik Bond, já produziu alguns vídeos do cantor Moby e o incluiu nela. Além da fotografia, que também se assemelha aos vídeos. A química entre esses atores, bem conhecidos pelo público, é fraca. Mads Mikkelsen, aclamado por interpretar bons vilões como Hannibal Lecter, não consegue atribuir o tom de suspense ao seu personagem. O roteiro é vazio, e as estranhas coincidências dão  superficialidade ao filme. Se ele realmente agradou a alguém, talvez tenha sido pela velha história que se nota em romances de Hollywood: A garota em perigo e o cara que a salva. 
Se você se interessa pelos trabalhos dos atores principais e pensa em vê-los em outras atuações, recomendo outros melhores como A Caça (Mads Mikkelsen);  Tudo pode dar certo (Evan Rachel Wood) e como citado acima, Ninfomaníaca (Shia LaBeouf).


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