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Larissa Oliveira
Sergipana e professora bilíngue, admira os mais diversos tipos de arte e já teve seu momento Twin Peaks, além de epifania ao ler o romance que dá nome a este blog, A Redoma de Vidro de Sylvia Plath. Este Blog nasceu em 2014 e é dedicado a críticas de filmes, livros, séries e música, sendo que as dos três primeiros contêm spoilers. Boa leitura!

Duas ou mais coisas que sei de Anna Karina...

Atriz Anna Karina promovendo o filme "O Estrangeiro" em Veneza (1967). Foto: Reprodução

 
A atriz, cantora, escritora e diretora de origem dinamarquesa, Anna Karina, faleceu neste mês de dezembro (14) aos 79 anos, vítima de câncer. Milhares de fãs demonstraram seu pesar nas redes sociais relembrando o impacto que tiveram ao ver Anna nas telonas. O artista Caetano Veloso postou em sua página de Facebook que sua morte foi demais para ele. Para a maioria, o legado que ela deixou na década de 60 foi o mais emocionante. Foi nesse período que a dinamarquesa consolidou ao lado de outros artistas como Agnès Varda e Marguerite Duras,  a chamada Nouvelle Vague. A França foi então, palco de uma das fases mais revolucionárias do cinema, que dialogava com a contracultura norte-americana e que oferecia ao espectador, novas experiências cinematográficas. Antes disso, em 1958, Hanne Karin Bayer (seu verdadeiro nome antes de se chamar Anna Karina)  teve seu momento pé na estrada ao deixar a sua terra natal e ir à Paris em busca de novas oportunidades— sua experiência de vida constava em cantar em cabarés, modelar para comerciais e atuar em um pequeno papel para um filme. Passando fome e sem saber quase nada de francês, a jovem de 17 anos e de calça jeans é notada por uma agente de propaganda no café Les Deux Magots  que vê em Anna exatamente o que procurava: um rosto em potencial. Voilà, ela estava certa. A estilista Coco Chanel também tinha razão ao dizer que a garota precisava de um novo nome. Nem precisava de sobrenome, seu rosto e seu primeiro nome já seriam suficientes para exprimir sua marca.

 Apesar disso, Anna não pode explorar suas nuances de forma acentuada, já que estava confinada a capas de revistas e comerciais de produtos de higiene. O recém cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, pioneiro da Nouvelle Vague, assiste deslumbrado a uma dessas propagandas, e convida a jovem para atuar em seu primeiro longa, À bout de souffle (Acossado),de 1960. Por acreditar que Anna estava nua na propaganda de sabonete que viu anteriormente, Godard diz que haveria uma cena de nudez. A recusa da atriz o levou a chamá-la novamente para,desta vez, estrear no papel principal de seu próximo longa. Não haveria nudez e seria um filme político. Esse filme seria Le Petit Soldat (O Pequeno Soldado), porém, foi anunciado em um jornal que o cineasta havia encontrado uma "âme sœur", alma gêmea em português, e assim, declina o papel ao sentir que teria que ter dormido com Godard para consegui-lo. É possível notar que a recém cidadã francesa era autêntica também nas atitudes. Quando Jean soube que Anna recusou estrear O Pequeno Soldado, foi até a sua casa com flores para pedir desculpas pelo mal entendido.  Desse modo, ao aceitar embarcar no longa, Anna Karina não só flertaria com as câmeras, como também com quem estava por trás. Foi o início de uma relação em que arte e vida real se misturavam e que seria difícil de se desvencilharem.

Elle France, February 1959.      Anna Karina.
Anna Karina capa da revista Elle em 1959. Foi nos bastidores desse ensaio que Coco Chanel a aconselhou a adotar o nome profissional "Anna Karina". Foto: reprodução


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Anna como Véronica Dreyer em "O Pequeno Soldado" (1960).  Fonte: Giphy

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O casal apaixonado em 1961, no curta mudo "Os Amantes da Ponte Mac Donald" produzido por Agnès Varda e introduzido no seu longa "Cléo de 5 à 7"

 Le Petit Soldat encontrou sérias dificuldades em ser lançado por conta da censura ao forte teor político do filme, que é uma crítica à guerra da Argélia. O filme só seria liberado em 1963, mas a mente de Godard efervescia de ideias e sua obsessão pelo trabalho logo seria obstáculo para a sua relação com Anna.A atriz afirmou por diversas vezes que Jean era mais que seu amante, era também um irmão e um pai. Ela só viu o seu pai verdadeiro três vezes e se desentendia muito com a mãe, saiu de casa após uma briga com a mesma, e então, é compreensível que Anna projetou em Godard a afeição que lhe faltou durante a sua infância e adolescência, mesmo que a atenção dada por seu marido fosse esporádica. Isso porque o diretor saia para comprar cigarros e só voltava três semanas depois tendo viajado para se encontrar com outros  artistas, como Ingmar Bergman. Enquanto isso, Anna Karina passava fome e não tinha dinheiro para nada, uma vez que, naquela época, as mulheres não administravam cheques e o financeiro era controlado pelo homem da relação. Não era apenas o financeiro que Jean- Luc tentou controlar: Anna só poderia atuar sob a sua direção, e quando ela aceita um papel em Le Soleil Dans L’Oeil (Sombras na Areia) em 1961, do diretor Jacques Bourdon, os dois têm um affair,o que leva Godard a destruir seu apartamento, mas depois se reconciliam. Dá para notar nesse primeiro ano de casamento deles que havia insegurança por parte dos dois, o que explica como Anna suportou as atitudes abusivas dele e como ele perdoou a traição. Essa não seria a primeira vez que Karina o trairia, o que também leva a inferir que a atriz encontrou nessas aventuras amorosas uma forma de escapar do controle do marido sobre sua vida. Entretanto, o que pode ter mexido mais com a dinamarquesa foi o seu aborto espontâneo meses depois do casamento. Ela sangrou bastante e Godard ao invés de ficar ao seu lado, enviou alguns amigos ao apartamento do casal e foi trabalhar.

Godard documentou os problemas matrimoniais em Une femme est une femme (Uma mulher é uma mulher) em 1961, filme que mudou a minha vida, fez-me mudar meu visual no ano em que o vi. O diretor sente que não pode controlá-la na vida real, então se utiliza da ficção para manipular a sua musa. A sua personagem tem um grande desejo de engravidar, mas seu companheiro (Jean-Claude Brialy)   não sente o mesmo, então dorme com um amigo (muso Jean Paul Belmondo), determinada a conseguir o que quer. Embora algumas críticas classifiquem as nuances da protagonista como feminista, quando se analisa as circunstâncias que levou Godard a construir a personagem, nota-se que na verdade, o filme é uma punição pela traição da atriz e pelo aborto sofrido. É como se Godard, sujeito introvertido que é, e mais comunicativo através de sua arte, deixasse bem claro que não queria ser pai. Imagina o emocional de Anna Karina nessa época, e pior,  após a traição ela tentou suicídio com barbitúricos e Jean mandou interná-la. Ela teria tentado o ato duas outras vezes durante o casamento. Enfim, a Angéla de Karina em Uma mulher é uma mulher é divina para as espectadoras que buscam identificação com personagens com vontades plenas. Porém, quantas personagens amamos e só bem depois descobrimos o machismo nos bastidores de gravação— é só lembrar de Kim Basinger em Nove e Meia Semanas de Amor. Abro um parênteses para dizer que sou fã da filmografia de Jean-Luc, mas não fã da forma como ele tratou as mulheres com quem esteve.

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Anna Karina como Angéla em "Uma mulher é uma mulher" (1961)." Por que sempre as mulheres sofrem?" questiona a personagem.

Em 1962, o casal trabalharia junto em Vivre sa vie (Viver a vida) em que a protagonista, Nana, abandona seu filho e marido para ganhar dinheiro como prostituta. Segundo Anna,durante o casamento, Godard a apresentou a diversos livros e outras formas de cultura que modelaram bastante suas performances, isso fica em evidência na sua espontaneidade em dialogar sobre assuntos existencialistas no filme. Após esse período, a atriz atuou em filmes de nomes importantes como Pierre Gaspard-Huit,Jacques Baratier e Claude de Givray. Anna não só construiu personagens distintas daquelas criadas por Godard, como Shéhérazade, mas também aprendeu outras línguas e consolidava seu nome como um dos mais imponentes dos anos 60. No entanto, o casamento entrava em declínio à medida que a atriz se descobria em outros horizontes longe do olhar do marido. Quando Godard filma Le Mépris (O desprezo), protagonizando Brigitte Bardot como uma esposa que não mais amava seu marido cineasta e que entram em conflitos diversos, resultando na morte daquela, a  metáfora empregada por Godard para representar a morte, ou seja, o fim de sua relação com Karina se faz presente. Além disso, a representação dela por Bardot é perceptível na peruca idêntica àquela utilizada por Anna em Vivre sa Vie, assim como na cópia das mesmas falas que Anna usava em casa.

 Os três filmes posteriores com Anna, Bande à part (Bando à parte,1964);  Pierrot le Fou (O demônio das onze horas)Alphaville (ambos de 1965) marcam a transição do divórcio e a difícil aceitação por parte do diretor. No primeiro, a personagem de Anna foge apaixonada com um dos protagonistas. Já no segundo, a sua personagem usa o protagonista, que é seu ex, para conseguir o que quer e depois é morta por ele (que decide se matar). É nele também que Anna Karina demonstra seu talento musical ao cantar em uma das melhores cenas do filme, a canção Ma ligne de chance. No último, a gélida personagem não sabe o que significa amor e consciência, e o protagonista a ensina a dizer "eu te amo". Todas essas "lições" não foram suficientes para prendê-la a ele e já divorciados, filmam pela última vez juntos o longa Made in U.S.A, em que o amante de sua personagem está morto, e adivinhem quem o interpreta? . No mesmo ano, Karina junta-se a Jacques Rivette para  a versão cinematográfica de La Religieuse (A Religiosa). Ambos já haviam trabalhado juntos quando Anna performou a obra nos teatros em 1963. O filme sofreu forte repressão das autoridades católicas da época, como também da mídia, por conta do teor subversivo. Detalhe que a atriz só descobriu que Godard estava por trás da produção do longa há alguns anos. Outro filme contestador que estrelaria foi o italiano Le Soldatesse (Mulheres no Front), de Valerio Zurlini, em que prostitutas são encarregadas de servir um exército na era fascista de Mussolini. A solidariedade entre as personagens e a sua humanização são de importante avaliação para crítica feminista. É  válido  ressaltar que outra arista marcante, também falecida neste ano, participa do filme: Marie Lafôret.


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Anna Karina como Nana em Viver a vida (1962)



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Esta imagem do set de Alphaville é apresentada no documentário de 2007 "Godard, o amor, a poesia" e interpretada como "os olhares que não mais se encontram e que seguem em direções opostas".

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Anna Karina como Suzanne Simonin em A Religiosa (1966)

O fim da década de 60 é primoroso na carreira de Anna Karina. Seu rosto parece mais maduro e em 67, a atriz recebe uma bela homenagem do diretor Pierre Koralnik e do músico Serge Gainsbourg com o musical Anna. Assim, a dinamarquesa-francesa consolidou seu espaço como uma das grandes atrizes da Nouvelle Vague e merecia reconhecimento além do período que a despontou. Sua faceta musical é explorada novamente ao cantar ao lado do grande Gainsbourg e ao performar Roller Girl (minha música favorita de Anna).  A crítica a classifica como "sexy demais" e é claro que a atriz debocharia disso, pois, tímida como sempre foi, achou a opinião um exagero. A verdade é que Anna jamais se deixou ser sexualizada. Ela não aceitou despir-se para um filme de Godard, nem para um comercial de sabonete. Quando suas aparições no cinema são vistas como sexy, nada mais é do que uma atriz em sua espontaneidade e confiante na sua vulnerabilidade. Ainda atuaria no mesmo ano ao lado dos renomados artistas italianos, Luchino Visconti e Marcello Mastroianni, numa adaptação do romance de Albert Camus,L'Étranger (O Estrangeiro) . 

Nos anos finais da década, Anna casaria novamente, dessa vez com o ator e escritor  Pierre Fabre,até meados da década de 70. Essa mesma seria uma das mais reveladoras na sua carreira, pois além de atuar em filmes de brilhantes cineastas como Rainer Werner Fassbinder, que escreveu seu longa de 76,Chinese Roulette (Roleta Chinesa), para a atriz, Anna Karina embarcaria na vida de escritora e cineasta. Em 1973, ela estrearia nos cinemas e livrarias com sua obra Vivre Ensemble (Viver Juntos). A maior parte da produção, incluindo os custos, partiu dela própria, além de fundar uma produtora (Raska). Em uma entrevista concedida no mesmo ano, Karina relembra que comandar um time formado basicamente por homens foi tarefa árdua por causa do seu tom assertivo no set de filmagens e sendo assim, sentiu a necessidade de suavizar o tom para ser ouvida. Quando questionada sobre sua participação no movimento de libertação das mulheres, Anna diz concordar com muitas das pautas, mas não como as feministas conduzem suas práticas. Apesar disso, pode-se dizer que Anna esteve consciente sobre as dificuldades de se lançar como cineasta em um meio machista. Nunca se afirmou como feminista, pelo menos até onde minhas pesquisas chegaram, mas respeitou o movimento e por diversas vezes relembrou o machismo sofrido. "Naquela época você tinha que sorrir e ser bonita". Afirmou Karina uma vez. A presença da mulher na direção é ainda tão ofuscante que recentemente, a atriz afirmou que nem possuía cópia do seu primeiro filme.


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Serge Gainsbourg e Anna Karina cantam "Ne dis rien" música parte do filme Anna (1967). Serge conta que  trabalhar com Anna foi divertido por causa do seu humor espontâneo. Foto: reprodução

A cineasta Anna Karina na produção de Viver Juntos (1973). Foto: reprodução


A atriz lançaria outro romance, em 1983, intitulado Golden City — atenção fãs, custa menos de 7 dólares na versão Kindle pela Amazon. Além disso, Anna escreveria o roteiro de Last Song (1987), filme de seu marido, Dennis Berry, com quem esteve até seu último dia de vida. Nesse mesmo ano, Karina foi surpreendida em uma programa de auditório francês chamado "Bains de minuit", quando arranjaram um encontro entre ela e Godard sem o conhecimento de ambos. As coisas seguem de forma amistosa na entrevista, até o apresentador evocar os tempos de Nouvelle Vague e de casamento, e ao ouvir de Godard o porquê do casamento não ter funcionado, Karina se emociona e se retira por alguns instantes do palco. O bizarro é que quando ela volta, o apresentador segue a entrevista como se nada tivesse acontecido. A fala de Godard foi a seguinte: " [...]Eu pensei que  deveria amar, porque eu tinha lido. Pensamos que devemos ter um grande amor, não somos capazes disso; mulheres mais ainda. Elas certamente sofrem com isso. Tudo o que eu podia dar era o cinema." Tradução minha. Certamente não foi fácil para Karina reencontrar o grande amor de sua vida, segundo suas próprias palavras, e relembrar do pouco afeto que recebeu de Jean-Luc em detrimento de sua dedicação ao ofício do cinema. Essa seria a última vez que se encontrariam, mas não a que se comunicariam. Dez anos depois, quando Karina atuava no teatro numa peça escrita por Bergman, Après la répétition (Após a Repetição), Godard lhe enviou uma carta dizendo que a atriz era "uma história antiga". Apesar disso, ela disse que o cineasta permaneceria para sempre em seu coração.

Durante a década de 90, Anna se juntaria novamente ao seu velho amigo Jacques Rivette para interpretar uma cantora de cabaré no longa Haut bas fragile (Alto,Baixo e Frágil) de 1995. No ano posterior, ela atuaria mais uma vez em um longa de seu marido chamado Chloé, que protagonizou  a atriz francesa em ascensão,  Marion Cotillard. Cantaria  também no aclamado remake de 2002 do filme  The Charade (A Charada) (1963), dessa vez sob o título de The Truth About Charlie (A Verdade sobre Charlie)a música escrita por Serge Gainsbourg e que foi consagrada no filme Anna, Sous le soleil exactement. Seu derradeiro filme, Victoria (2008), traz o roteiro e direção de sua autoria, assim como sua atuação.


Anna Karina  como Sarah em Alto,Baixo e Frágil (1995) Fonte: Jonathan Rosenbaum


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Anna Karina como ela mesma no longa A Verdade sobre Charlie (2002). Foto: reprodução


Na última década, a dinamarquesa-francesa dedicou-se a entrevistas sobre sua carreira, da mesma forma que esteve presente em várias exibições e conseguintes debates sobre  seus grandes filmes. Uma das recentes aparições da atriz foi como espectadora na  adaptação para o teatro da obra Vivre sa vie, realizada por Charles Berling. Com a morte de Jacques Rivette em 2016, houve uma restauração de A Religiosa,  que foi prestigiada por Anna em Los Angeles. Na nona edição do festival de francês de cinema, La Roche-sur-Yon, Anna foi homenageada por dois longas  dedicados a ela: Anna, de 1967, e o documentário Anna, lembre-sede seu esposo, Dennis Berry. Duas grandes surpresas também ocorreram no ano passado, para frisar o quão ativa e relevante Anna Karina permaneceu ao longo dos anos. A primeira foi o grande lançamento de seu álbum Je suis une aventurière, que contém não só músicas do passado, mas também atuais, incluindo dois duetos inéditos com o músico roqueiro Howe Gelb. A outra foi a homenagem ao filme Pierrot le fou na 71º edição do Festival de Cannes, trazendo como símbolo, um poster com o beijo entre os personagens de Anna e Belmondo. Ela compareceu ao Festival para prestigiar esse grande momento.


E muito mais poderia ser dito sobre Anna Karina, uma multiartista que consolidou seu espaço no cinema, na literatura, no teatro, na música e também no coração de milhares de fãs, de diferentes gerações. Sua dedicação em manter acesa a memória das suas grandes aventuras foi o que me inspirou a escrever essa publicação de modo que assim manterei vivo o seu legado. E continuemos a assistir aos seus filmes, a ler os seus livros e jamais permitir que mais um legado artístico feminino seja ofuscado. Vous me manquez beaucoup, Anna Karina (sinto muito a sua falta, Anna Karina).




Uma das faixas da compilação "Je suis une aventurière" de Anna Karina que também traz canções recentes em Francês e Inglês 


Uma playlist criada por mim que contém  músicas gravadas por Anna, encontra-se no link Spotify aqui.




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Anna Karina autografando um poster do filme Pierrot le fou em Cannes (2008). Foto: Facebook oficial da atriz


O título do post é uma alusão a um filme produzido por Godard em 1967 chamado "Duas ou três coisas que sei dela" e também fazia parte de um rascunho que já vinha escrevendo sobre Anna Karina, mas aí, eis que o meu grande plano era finalizar minha homenagem à atriz com uma carta que lhe seria enviada em breve, porém, não houve tempo para tal.


Uma das tantas homenagens que fiz à Anna Karina nas redes sociais. Em sua conta do Facebook, consta que alguém próximo postava para ela, mas que a atriz lia todos os comentários dos fãs. Espero que algum dia ela tenha lido algum dos vários que fiz. Obs: Anna afirmou recentemente que sua verdadeira data de nascimento foi no dia 23 e não 22 como registrado oficialmente. A mudança ocorreu porque sua mãe era supersticiosa.



Outras fontes:
Entrevistas concedidas por Anna Karina ao longo dos anos.

An Interview with Anna Karina.Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=75WyOWr-9wE>


Anna Karina - Das letzte Interview des Nouvelle-Vague-Stars. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=kEyRpL3TGoM> 


Anna Karina interview 1973. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=OIbpzyUtrUw>


Anna Karina : "Je suis née avec la chance" (1968). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=jtogq7MozCw&t=45s>


Jean-Luc Godard et Anna Karina se retrouvent 20 ans après leur séparation | Archive INA. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=xzR_t9kxgmE>








Comentários

  1. Ela foi uma figura doce e tímida, que se transformou num símbolo do ser humano desamparado do novo cinema francês.

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    1. Isso mesmo Murilo, agradeço o comentário. Volte sempre :)

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